A Ucrânia terá que se superar, caso queira fazer as honras da casa e ir além da primeira fase na Euro 2012. Pelo retrospecto nos últimos dois anos, é difícil imaginar até mesmo que a seleção estaria entre as 16 melhores do continente, não fosse o fato de ser coanfitriã. Estreantes na competição, os ucranianos convivem com a instabilidade no comando desde 2010, quando Myron Markevych e Yuriy Kalitvintsev foram demitidos do cargo. Único treinador a conseguir classificar o país a uma Copa do Mundo, Oleg Blokhin foi recontratado há pouco mais de um ano. Contudo, os resultados nos amistosos recentes não são mais que regulares, com a equipe sucumbindo diante de seleções mais tradicionais.
Os pilares do time são os mesmos de outros anos, com brilho maior para Shevchenko. O atacante deve se despedir da seleção na Eurocopa e, ainda que o físico não ajude tanto, segue com faro de gol para deixar uma boa impressão final aos seus compatriotas. A consistência na meia-cancha é garantida por Tymoshchuk e Rotan, que terão que trabalhar dobrado para proteger a frágil defesa, com destaque solitário em Rakitskiy. Um dos maiores problemas no setor, aliás, está no gol, onde Pyatov só ganhou a posição após as lesões de Shovkovsky e Dykan. Em campo, a equipe deve se organizar de forma compacta, em um 4-2-3-1 que aproveite os contra-ataques, explorando os promissores meias Yarmolenko e Konoplyanka.
Número de participações: nunca participou
Estará satisfeito se: Já está satisfeito. A classificação só soa como obrigação aos ucranianos pelo fato de jogarem em casa, não pelos adversários ou pela atual fase da equipe. Em teoria, o time é a quarta força na chave. Com apoio da torcida e obediência tática, a vaga nas quartas de final se torna imaginável, mas ainda assim bastante difícil de alcançar.
Se fosse uma banda… Audioslave. Surgida após um processo de separação, teve seus craques apontados entre os melhores do mundo e colocou seus hits no topo das paradas recentemente. Contudo, parece ter chegado ao fim e seus membros seguem novos projetos.
Quero ver na Copa: O Brasil não é logo ali para os ucranianos. Shevchenko já é carta fora do baralho e Tymoshchuk, Voronin e outros destaques já não são mais meninos. Alguns bons nomes despontam no país, como Yarmolenko, mas dificilmente o país chegará ao patamar alcançado na década anterior. No mesmo grupo das eliminatórias que a Inglaterra, a equipe deverá brigar por uma vaga na repescagem com Montenegro e Polônia.
Goleiros
1 Maksym Koval (Dynamo Kiev)
12 Andriy Pyatov (Shakhtar Donetsk)
23 Oleksandr Horyainov (Metalist Kharkiv)
Defensores
2 Yevhen Selin (Vorskla Poltava)
3 Yevhen Khacheridi (Dynamo Kiev)
5 Oleksandr Kucher (Shakhtar Donetsk)
13 Vyascheslav Shevchuk (Shakhtar Donetsk)
17 Taras Mykhalyk (Dynamo Kiev)
20 Yaroslav Rakitskiy (Shakhtar Donetsk)
21 Bohdan Butko (Illichivets Mariupol)
Meio-campistas
4 Anatoliy Tymoshchuk (Bayern Munique-ALE)
6 Denys Harmash (Dynamo Kiev)
8 Oleksandr Aliyev (Dynamo Kiev)
9 Oleh Husyev (Dynamo Kiev)
14 Ruslan Rotan (Dnipro Dnipropetrovsk)
18 Serhiy Nazarenko (Tavriya Simferopol)
19 Yevhen Konoplyanka (Dnipro Dnipropetrovsk)
Atacantes
7 Andriy Shevchenko (Dynamo Kiev)
10 Andriy Voronin (Dynamo Moscou-RUS)
11 Andriy Yarmolenko (Dynamo Kiev)
15 Artem Milevskiy (Dynamo Kiev)
16 Yevhen Seleznyov (Shakhtar Donetsk)
22 Marko Devic (Metalist Kharkiv)