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Sem o mesmo glamour de antes

Sem o mesmo glamour de antes

Gerrard é o símbolo de uma geração inglesa que não conseguiu atender às expectativas

O English Team chega à Ucrânia longe de gerar grandes expectativas em busca de sua primeira final no torneio continental. Ausentes da Euro 2008, desta vez os ingleses não tiveram problemas na qualificação, invictos na liderança do Grupo G. No entanto, as turbulências começaram exatamente no fim das eliminatórias, quando Rooney foi suspenso pelos dois primeiros jogos da fase final. Em fevereiro, veio o pedido de demissão de Fábio Capello, após queda de braço com a FA por caso de racismo de John Terry. Roy Hodgson, seu substituto, foi apontado como técnico apenas em maio e não teve tempo para experimentações. E, nos últimos dias, o elenco vem sofrendo com lesões, após os cortes de Lampard, Barry e Cahill.
Nos últimos jogos, Hodgson utilizou um tradicional 4-4-2, que ajudou a equipe a apresentar consistência defensiva, apesar da falta de volume de jogo – embora a possibilidade de retorno ao 4-2-3-1 tenha sido pensada. O time é alicerçado pelo goleiro Joe Hart, vivendo excelente fase, e terá força no jogo aéreo, com Terry e Lescott. No meio, Scott Parker garante um combate de qualidade ao lado de Gerrard, novo capitão e responsável pela organização. Mais à frente, Ashley Young soma atuações convincentes e Oxlade-Chamberlain surge como opção às pontas. A dúvida fica para quem substitui Rooney: se Carroll, adicionando presença de área, ou Welbeck, de maior movimentação. Mas, mesmo ausente, o camisa 10 segue sendo o craque, um dos únicos capazes de fazer a diferença em um time sem muitas esperanças.
Número de participações: 7 (semifinais em 1968 e 1996)
Estará satisfeito se: Passar da primeira fase. As perspectivas são modestas aos ingleses, que farão jogo-chave na estreia contra a França. Se o time não engrenar nas duas primeiras partidas, Rooney poderá ficar com o fardo de ser o salvador da pátria contra a Ucrânia. Se chegar às quartas, o que vier será lucro. Por outro lado, a pressão sobre o time é mínima e, combinada a uma dose de pragmatismo, pode até gerar um bom resultado – o exemplo do Chelsea é uma motivação extra.
 
Quero ver na Copa: Nomes como Gerrard, Terry, Ashley Cole e o cortado Lampard vivem os últimos anos de suas carreiras e não seria de se espantar que nem aparecessem no Brasil. Rooney continuará sendo a estrela da companhia, com coadjuvantes em ascensão, mas o English Team dificilmente recuperará o favoritismo de outrora até 2014. A geração que surge é boa e tem chão para crescer, ainda que falte um meio-campista de classe – Wilshere poderia ser este, mas sua evolução segue brecada pelas contusões.
Elenco
Goleiros
1 Joe Hart (Manchester City)
13 Robert Green (West Ham)
23 Jack Butland (Birmingham)
Defensores
2 Glen Johnson (Liverpool)
3 Ashley Cole (Chelsea)
5 Martin Kelly (Liverpool)
6 John Terry (Chelsea)
12 Leighton Baines (Everton)
14 Phil Jones (Manchester United)
15 Joleon Lescott (Manchester City)
18 Phil Jagielka (Everton)
Meio-campistas
4 Steven Gerrard (Liverpool)
7 Theo Walcott (Arsenal)
8 Jordan Henderson (Liverpool)
16 James Milner (Manchester City)
17 Scott Parker (Tottenham)
19 Stewart Downing (Liverpool)
20 Alex Oxlade-Chamberlain (Arsenal)
Atacantes
9 Andy Carroll (Liverpool)
10 Wayne Rooney (Manchester United)
11 Ashley Young (Manchester United)
21 Jermain Defoe (Tottenham)
22 Danny Welbeck (Manchester United)