REPÚBLICA TCHECA
Diferentemente dos treinadores de outras seleções do grupo, Michal Bílek demorou um pouco mais para encontrar o esquema tático ideal. Ele começou com um 4-3-3 e depois passou para um 4-2-2-2, mas só o trendy 4-2-3-1, adotado nas eliminatórias para a Euro, deu bons resultados. Os principais destaques desta seleção são os já “carimbados” Tomás Rosický e Petr Cech.
Começando a formar o time já temos Cech no gol. Ele dispensa quaisquer comentários, e é a grande esperança theca, portanto passemos a falar de seu reserva Jan Lastuvka. Goleiro muito contestado no Dnipro, mas que acabou calando as críticas e fez uma belíssima temporada (apesar da colocação da equipe). Na lateral-direita está o nome mais ressaltado de República Tcheca nas últimas semanas, Theodor Gebre Selassie. O jogador pertencente ao campeão Slovan Liberec foi considerado – com totais méritos – melhor da posição no país e se encaixa perfeitamente ao esquema de Bílek. No centro da zaga o mais provável é que Michal Kadlec e Tomas Sikov formem dupla (o segundo passa ainda menos confiança). Fechando o sistema defensivo a lateral-esquerda será de David Limberský, do Viktoria Plzen.
De volantes Bílek também está bem servido. São três experientes e confiáveis alternativas. De momento os titulares são Jaroslav Plasil, homem com maior capacidade de marcação e capitão do Bordeaux, e Petr Jirácek, atleta incansável e que sai mais para o jogo. No banco estará Tomás Hübschman, que mais uma vez foi campeão ucraniano com o Shakhtar Donetsk.
A seleção tcheca é realmente muito experiente. Este é seguramente seu ponto forte. Outro destes jogadores já mais “rodados” é Jan Rezek, que agora defende o cipriota Anorthosis Famagusta e passou a ganhar muito espaço no XI titular desta a chegada de Bílek. Ele atua pelo lado direito. No centro da linha de três meias se localiza outro que dispensa comentários: Tomás Rosicky. Apesar de sofrer muito com lesões ao longo da carreira (até foi apelidado por alguns de “canela de vidro”) nesta temporada ele conseguiu ter boas atuações pelo Arsenal e isso enche a torcida tcheca de esperanças. Completando o tridente está o mais jovem dentre os titulares, Václav Pilar. Suas duas últimas campanhas com a camisa do Viktoria Plzen foram impressionantes (em 2010-2011 conquistou um inédito título nacional) e na seleção não é diferente.
E como já é de conhecimento de todos o atacante solitário da seleção tcheca será novamente Milan Baros, campeão turco pelo Galatasaray. Dizem que o ponto fraco tcheco é a defesa, mas a verdade é que o setor ofensivo está pior. Baros marcou apenas dois gols nos últimos 2 anos e só não deixa de ser convocado pela falta de opções. Aparentemente seu reserva imediato é o jovem Tomás Pekhart, que ainda não emplacou no Nürnberg. Especulou-se muito sobre Tomás Necid, mas ele sofreu demais com lesões e foi pouco aproveitado no CSKA. Outro nome cogitado foi o de David Lafata, artilheiro da Gambrinus Liga com 25 gols. O problema é que o atacante do Slovan Liberec aparentemente só se dá bem em clubes de seu país, porque até agora não convenceu na seleção.
Depois daquele gol de Charisteas contra Portugal na final da Euro 2004, pode se esperar tudo da sempre interessante seleção grega. Quanto ao estilo de jogo, nada de surpresas. Desde que Otto Rehhagel saiu, o português Fernando Santos procurou seguir seu legado. Os anos se passaram e jogadores como Katsouranis e Karagounis ainda são importantes.
Número de participações: 7 (campeã em 1976)
Estará satisfeito se: Já está satisfeito. A República Tcheca tem seu pior elenco desde a separação da Eslováquia e contou com um dos caminhos menos complicados até a fase final da Euro. Mais uma vez contando com a sorte, a equipe ainda pode sonhar com a classificação às quartas de final graças ao nivelamento de sua chave.
Quero ver na Copa: Como de costume, será difícil contar com os tchecos no Mundial. A base do time não é das mais jovens, mas felizmente Petr Cech deverá continuar segurando a bronca por mais alguns anos. Já Vaclav Pilar e Tomas Necid têm boas chances de ganhar mais espaço no time. Entretanto, a chave com Itália e Dinamarca nas eliminatórias não trará facilidades.
Goleiros
1 Petr Cech (Chelsea-ING)
16 Jan Lastuvka (Dnipro-UCR)
23 Jaroslav Drobny (Hamburg-ALE)
Defensores
2 Theodor Gebre Selassie (Slovan Liberec)
3 Michal Kadlec (Bayer Leverkusen-ALE)
4 Marek Suchy (Spartak Moscou-RUS)
5 Roman Hubník (Hertha Berlim-ALE)
6 Tomas Sivok (Besiktas-TUR)
8 David Limbersky (Viktoria Plzen)
12 Frantisek Rajtoral (Viktoria Plzen)
Meio-campistas
9 Jan Rezek (Anorthosis-CHP)
10 Tomas Rosicky (Arsenal-ING)
11 Milan Petrzela (Viktoria Plzen)
13 Jaroslav Plasil (Bordeaux-FRA)
14 Václav Pilar (Viktoria Plzen)
17 Thomas Hübschman (Shakhtar Donetsk-UCR)
18 Daniel Kolar (Viktoria Plzen)
19 Petr Jiracek (Wolfsburg-ALE)
22 Vladimír Darida (Viktoria Plzen)
Atacantes
7 Tomas Necid (CSKA Moscou-RUS)
15 Milan Baros (Galatasaray-TUR)
20Tomas Pekhart (Nürnberg-ALE)
23 David Lafata (Baumit Jablonec)