Alemanha busca titulo e afirmação

Vice campeã em 2008 e semifinalista dos dois últimos Mundiais, a Alemanha chega na Euro com um único objetivo: vencer para consagrar de vez uma geração talentosíssima, mas ainda carente de grandes conquistas. A campanha nas eliminatórias (10 vitórias em 10 jogos) mostra que o time está com apetite, e não há como minimizar os bons resultados, pois Turquia e Bélgica, adversárias nessa caminhada, estão longe de ser galinhas mortas.

O time já mostrou do que é capaz. Resta saber se, mais maduro, terá condições de levar o troféu. O ataque, com Mario Gómez, Lukas Podolski, Thomas Müller e Mesut Özil, é fortíssimo, e conta com ótimas peças de reposição como Mario Götze e Marco Reus. No meio-campo, Bastian Schweinsteiger dá as cartas e a defesa, razoavelmente segura, é comandada pelo capitão Philipp Lahm e pelo excelente goleiro Manuel Neuer, mas ainda carece de um lateral esquerdo confiável, o que pode atrapalhar na caminhada, caso Marcel Schmelzer, único especialista na pocição chamado por Joachin Löw, não corresponda. Tanto que se especula Lahm na lateral esquerda e algum outro jogador na direita - que pode ser Jérôme Boateng ou até Benedikt Höwedes.

Joachim Löw aplica na Nationalelf uma das melhores formas de se utilizar o 4-2-3-1, mantendo um estilo de jogo agradável ao torcedor e bem sucedido dentro de campo. Intensa movimentação do quarteto ofensivo, criando espaços no setor defensivo adversário, posse de bola agressiva, participação efetiva dos volantes (Khedira e Schweinsteiger), seja no primeiro passe ou no aproveitamento pelas aberturas devido a movimentação de Özil, que se aproxima do meias extremos (Müller e Podolski) com a posse, em busca de infiltrações na área ou mesmo ir a linha de fundo, além de Klose, que faz o básico, mas com muita competência, como por exemplo, o pivô, ou a saída da área, levando com si os zagueiros, consequentemente abrindo espaços para as entradas dos volantes e meias. A marcação por zona, bem ajustada e compacta gera uma variação para o 4-4-2 em linha, com os extremos se alinhando aos volantes e o meia ofensivo se juntando ao atacante na marcação da saída de bola adversária.

Numero de participações: 10 (campeã em 1972, 1980 e 1996)

Estará satisfeita se: for campeã

Quero ver na Copa: a geração é jovem e tem talento mais do que suficiente para lutar seriamente pelo título em 2014.

Elenco:
Goleiros
1 Manuel Neuer (Bayern Munique)
12 Tm Wiese (Werder Bremen)
22 Ron-Robert Zieler (Hannover 96)

Defensores
3 Marcel Schmelzer (Borussia Dortmund)
4 Benedikt Höwedes (Schalke 04)
5 Mats Hummels (Borussia Dortmund)
14 Holger Badstuber (Bayern Munique)
16 Philipp Lahm (Bayern Munique)
17 Per Mertesacker (Arsenal-ING)
20 Jérôme Boateng (Bayern Munique)

Meio-campistas
2 Ilkay Gündogan (Borussia Dortmund)
6 Sami Khedira (Real Madrid-ESP)
7 Bastian Schweinsteiger (Bayern Munique)
8 Mesut Özil (Real Madrid-ESP)
9 André Schürrle (Bayer Leverkusen)
10 Lukas Podolski (Köln)
13 Thomas Müller (Bayern Munique)
15 Lars Bender (Bayer Leverkusen)
18 Toni Kroos (Bayern Munique)
19 Mario Götze (Borussia Dortmund)
21 Marco Reus (Borussia Mönchengladbach)

Atacantes
11 Miroslav Klose (Lazio-ITA)
23 Mario Gómez (Bayern Munique)

Com jogadores velozes e de qualidade no passe, os contra ataques são armas mortais para os rivais da Alemanha. A estratégia é simples: deixar a posse de bola com o oponente, reduzindo os espaços para não correr riscos e buscando a retomada para sair em velocidade, pegando a defesa adversária exposta. Durante a Copa do Mundo em 2010, Inglaterra e Argentina provaram desse veneno e saíram de campo com sonoras goleadas por 4×1 e 4×0, respectivamente.